MT - Fisco estadual vai apertar ainda mais o cerco aos sonegadores de impostos
Entre as medidas a serem implementadas estão o aperfeiçoamento dos mecanismos de cruzamento eletrônico de informações da base de dados fiscais da Sefaz e de outros órgãos das esferas federal e estadual.
A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) decidiu apertar ainda  mais o cerco aos sonegadores de tributos do Estado. Para tanto, o  titular da pasta, Eder Moraes, reuniu-se nesta quinta-feira (18.02) com  representantes da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e  Administração Pública e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime  Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual, para  estreitar a parceria dos três órgãos no trabalho de manutenção da ordem  tributária. 
Entre as medidas a serem implementadas estão o aperfeiçoamento dos  mecanismos de cruzamento eletrônico de informações da base de dados  fiscais da Sefaz e de outros órgãos das esferas federal e estadual.
As fontes de informações das auditorias eletrônicas passarão de 24 para  26 (serão confrontados também dados da base da Sefaz com a base do  Núcleo de Inteligência e Serviços Reservados do Gaeco e da Delegacia  Fazendária). "Nossos técnicos vão aprimorar os sistemas capazes de  relacionar os dados da Sefaz com dados federais e de outras entidades.  Assim, de forma automática, as discrepâncias são apresentadas e nossa  equipe tem o espelho detalhado de onde, exatamente, focar o trabalho",  destacou Moraes.
Outra medida será a intensificação do compartilhamento de informações da  Sefaz com os dados dos Fiscos dos Estados limítrofes, no que tange ao  Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). 
Além disso, será implementado monitoramento por satélite dos desvios de  rotas de cargas, especialmente na divisa de Mato Grosso com outras  unidades da federação. 
Entre as medidas constam também o aperfeiçoamento do monitoramento da  Guia de Trânsito de Mercadorias (GTM), emitida eletronicamente, a ser  preenchida no momento da entrada no território mato-grossense de  mercadorias com destino a outros Estados ou ao exterior. “A ideia é  tornar mais eficiente o controle do trânsito das mercadorias. Os postos  fiscais e as transportadoras passarão a receber acompanhamento especial  do Gaeco e da Delegacia Fazendária. No caso dos postos fiscais, será  verificado, por exemplo, o fluxo de passagem de cargas, analisando  riscos de pico e trocas de turnos pelos servidores da Sefaz”, acentuou  Eder Moraes. 
A respeito das medidas, o secretário de Fazenda justificou: “É muito  grave o que está acontecendo em Mato Grosso em relação aos ilícitos  fiscais. Muitos segmentos, como os de combustíveis, madeira, gado,  arroz, algodão, milho, frigoríficos e atacadista têm apresentado volume  de venda para fora do Estado incompatível com a capacidade de consumo do  destino”.
Moraes salientou que a serviço de inteligência fiscal da Sefaz, do Gaeco  e da Delegacia Fazendária tem sido fundamental na identificação de  fraudes. “Vários municípios, como Castelo dos Sonhos (PA), Cruzeiro do  Sul (RO) e Guajará Mirim (RO) estão sendo mapeados pelo serviço de  inteligência, por suspeita de estarem sendo usados como triangulação de  notas fiscais (entrega de mercadorias em local diferente do indicado na  nota fiscal). O Fisco está muito preocupado e atento com todos os  modelos de fraudes, inclusive o de abertura de empresas para facilitar o  esquema”, afirmou.
O titular da Sefaz reiterou que o combate à sonegação fiscal é  prioridade em sua gestão. “Todas as transações sem notas fiscais estão  sendo armazenadas em banco de dados e disponibilizadas diariamente ao  Gaeco e à Delegacia Fazendária A sonegação é um mal que afeta a vida de  todos nós, pois impacta na qualidade dos serviços prestados pelo Estado  aos seus jurisdicionados”, pontuou.
Segundo Moraes, a política de acompanhamento das transações fiscais  desenvolvida em sua gestão tem sido tão bem estruturada que servirá para  as próximas gestões. “O planejamento, as ações e a metodologia de  monitoramento dos contribuintes fazem parte de uma política de  perenidade e qualquer mudança ‘acenderá a luz vermelha’. Nosso trabalho é  transparente e só beneficia o povo de Mato Grosso”, finalizou o  secretário de Fazenda.

